segunda-feira, 29 de setembro de 2014

De repente 45

Ao som de 15 anos (Vivendo e não aprendendo)* para esquentar os motores e também a digitação, vou tentar escrever o que venho matutando deste o dia 23 deste mês sobre o meu aniversário. Aliás faz muito tempo que fiz 15 anos, mas a letra me encanta por ser o Ira! a banda que toca boa parte da trilha sonora da minha Vida.

Imagine uma estrada de ferro, ou ferrovia se preferir, e nela corre um trem. Sendo assim existe uma locomotiva que segue uma trajetória predefinida, um roteiro com pontos específicos a serem seguidos, um horário a ser cumprido, um preço pago pelo bilhete, etc. Eis uma boa analogia para a Vida.

Resumidamente sempre cheguei "atrasado" nas estações e nos horários predefinidos. Atrasado no antigo 2o. Grau, me atrasei também no Ensino Superior. Durante este me atrasei na conclusão de curso o que me atrasou na volta ao mercado de trabalho. Existia uma trajetória,um roteiro e horários que não cumpri, e sendo assim "desci" do trem algumas vezes e tive que pegar outra locomotiva para continuar o trajeto.

Contudo foram as descidas que fiz que me deram os melhores momentos destes trajeto. A Vida é um processo, é um caminho que só é feito ao se caminhar. Somos produto deste caminhar e nos refazemos durante o mesmo. E o que fiz durante as descidas do trem?

Também de forma reduzida e cronológica: Vivi de forma intensa, nem por isso totalmente harmoniosa, minha família que me acompanha até a presente data: meu pai, minha mãe e meus irmãos; durante a infância iniciei as amizades mais longevas que tenho com meus irmãos Alaor e Jonas e com eles vivi as mais loucas e as mais simples aventuras, e com certeza as mais simples são as mais saudosas; a saudosa prof. Vera Regina - minha primeira mestra; amigos no SENAI; irmãos na banda Ciclo Vital; Aguaí-SP e Barra do Una-SP; amigos e irmãos do 1o. G na E. E. Alberto Conte; Brasília, Buritama-SP e Mongaguá-SP; amigos e amores na Universidade Federal de São Carlos; irmãos do Bloco G; estórias da roça em Viçosa-MG; dores no estomago lecionando Filosofia no Rio Pequeno; a aventura da LanFox...

Deixei este último parágrafo para o futuro recente. Último mas não menos importante pois nele escreverei 3 importantíssimos nomes: Andréa, Júlia Maria e Miguel. Andréa me ama do jeito que sou, com minhas incoerências, meus vários defeitos e minhas poucas qualidades; Júlia Maria me ensinou a ser pai e Miguel multiplicou a alegria de nosso família... Foi isso que fiz e vivi enquanto o trem se movia!!!   
   
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* Na verdade ouvi o CD todo do Acústico MTV.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Frações de segundos

Eis que no começo da tarde de hoje me peguei pensando em escrever este artigo. Queria lhe dar um tom de indagação estilo crise da meia idade. Se escrevesse a ideia original iria ser mais ou menos assim:

"Aonde foi parar minha empolgacão com a Vida? Aonde deixei aquele sorriso que carregava comigo quase todos dias? Quando deixei de ser o ser quem era e me transformei no que sou agora? E blá-blá-blá... "

Eu que sempre combati o individualismo, o ser cercado pelo limite do seu umbigo, agora me via envolto em questões "umbilicais" demais para o meu gosto. Sei que temos nossa individualidade e precisamos preservá-la afim de conservarmos nossa sanidade. Mas a questão aqui se trata de se envolver demais com o cotidiano e esquecer o que te cerca - afinal não era isso que tratava este blog?

Contudo a Vida nos reserva sempre surpresas e muitas não são agradáveis. Recebi a noticia de que meu pai esta internado em uma Unidade Semi Intensiva no Hospital A. C. Camargo. Baque! A ideia de que meu filho não venha conhecer seu avô, assim como aconteceu comigo, me perturbou. E tudo mais parece pequeno, ridículo diante da possibilidade de perder meu pai, da privação de sua presença na nossa família.