quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Vendo o Mundo - Parte I

O mundo sobre nossa perspectiva individual

De um ponto filosófico nossa relação com o mundo se faz através de nossa subjetividade, o nosso eu encara o mundo e tudo parece girar ao nosso redor. Se nossa percepção do mundo é subjetiva fica normal acharmos que os eventos que nos rodeiam façam uma relação intensa somente conosco. Não somos dotados das qualidades de vulcano Spok de Jornada nas Estrelas, que ao aproximar do outro compartilha os sentimentos de forma igual (uma espécie de bluetooth de sentimentos). Nós seres humanos sentimos e absorvemos o mundo a partir de nós mesmos. Parece estranho falar isso, mas iremos tentar elucidar esta afirmação.

Geralmente quando assistimos um filme parece que estamos diante das cenas como observadores, coisa que realmente somos. No filme Robocop o policial Alex Murphy foi transformado "em um moderno e poderoso cyborg de combate ao crime []"1. Mas quando o Robocop é "ligado" a tomada do filme simula a nossa perspectiva, ou seja, nós expectadores enxergamos através do Robocop. É desta maneira que enxergamos a Vida, mas como isso é tão normal nunca paramos pra refletir sobre isso.

Talvez essa forma singular de enxergar o mundo nos leve a crer que o mundo realmente rode em nossa função, que tudo é uma grande conspiração contra nós ou o contrário, que tudo esta sendo construído para nós. E também por este motivo as religiões consigam agregar vários novos fiéis, já que em vez da Vida (entendida como existência) temos um Deus conspirando contra ou ao nosso favor. Além das religiões toda sorte de esoterismos fariam sentido, toda gama de horóscopos ganhariam substância, porque são calcados nas "qualidades naturais" de cada pessoa.

Daí também o berço favorável para se criar condutas egoístas (no mundo o que importa sou eu), egocênticas (o mundo gira ao meu redor), pragmatismos (faço sempre o que me dá retorno), etc. Na próxima postagem veremos que o mundo pode ser observado de outra perspectiva, aguardem pois minha cabeça já tá doendo....


Referências

(1) http://pt.wikipedia.org/wiki/RoboCop

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Amigos da LanFox


LanFox é a nossa lan house no ponto final do Jardim das Rosas. Eu e meu irmão Douglas gastamos algumas horas da Vida aqui na lan. Por causa dessa interação com o público fica inevitável fazer amizades.... É claro que tem o outro lado, pessoas que não entendem ainda o sentido das palavras "coletivo", "convivência", ou seja, não conjugam os verbos no plural.

Mas a convivência também traz boas surpresas e neste quesito a LanFox tem grandes exemplos. Começamos pela companheira Angélica sempre de bom(?) humor, com a sutileza que lhe é peculiar, porém que quebra o gelo quase todas a vezes. Quando vem com a Duda então aí tudo melhora.

Temos também o Adeilson, o mulecão, sempre fazendo piadinhas e se empolgando com quase tudo que acontece por aqui. Ele faz lembrar nós mesmos com o ímpeto que só a juventude pode criar.

Temos também a "ala técnica" da lan. Juntaram-se a mim e ao Marco Antônio: José Linux , o mano das redes em código aberto; Paulo Debian, o cara que entrou quietinho e que agora divide toda informação possível sobre o mundo do pinguim, e por último mas não menos importante, Lula o mano sempre prestativo e já atravessou pelo menos duas noites "brincando" com os computadores.

Tem a "ala empreendedora" da lan formada pelo meu irmão Douglas e meu primo Jorge, os caras andam brigando com a conta bancária e mesmo distantes durante grande parte do dia se esforçam para que ela continue aberta. Não podemos esquecer "ala dos trabalhadores" Dudu que embelezou o local e Dedé que puxou fio e apertou parafuso.

Enfim, um loja, uma rua, um bairro, por mais que sejam repletos de aparelhos urbanos (como diriam os engenheiros) precedem do elemento humano. Sei que nada existiriam se não fosse o trabalho humano, mas a interação cria algo novo até em um mesmo local. A rua tá lá mas dependendo dos viventes que a utilizam ela ganha nova vida.

E são esses amigos que transformam o meu local de trabalho. Uns trazem alegria, outros informação, outros a descontração necessária para atravessar o dia... E a noite no final de mais uma jornada, uma despedida se transforma em reflexão "Sentirei saudades desses dias".


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Um Passo de Cada Vez....


Bom, faz tempo que quero criar um blog. Mas como um blog é feito de conteúdo.... Na verdade não me falta assunto: no momento me falta disposição ("Ando meio desligado/ Eu nem sinto meus pés no chão... ) e o título do blog já denuncia este meu estado de (des)ânimo com o "Mundo Que Nos Cerca". Um mote que possibilita uma gama de assuntos extremamente ampla.

Então, agora o primeiro passo foi dado. Vamos ver até onde consigo caminhar com os próprios pés. Só espero que a caminhada não seja solitária.